terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A importância da História

Pr. Francisco A. Barretos
Arapongas, PR

O homem sempre sentiu a necessidade de compreender as questões que envolvem sua vida, e seu passado lhe fornece muitas informações para tal entendimento. Veja o caso do evangelista Lucas que recorreu aos fatos históricos para fundamentar a fé de seu amigo Teófilo em Jesus, Lc 1: 1-4. O filósofo Giambattista Vico afirmou que “para entendermos o homem, primeiramente, teríamos de entender a história”. Assim, para entender a sua igreja, você precisa conhecer, valorizar e aprender com sua história.

O significado de história

A palavra história vem do vocábulo grego istoría que significa pesquisa, informação, narração. Assim, pode-se pensar história como o conjunto de conhecimentos sobre o passado da humanidade, de um povo ou uma pessoa, que auxilia na compreensão do presente e ajuda a projetar o futuro.

a) A história dedica-se à pesquisa. Sem a dedicação dos historiadores jamais iríamos saber de onde viemos. O presente é uma conseqüência natural do passado, na mesma proporção que uma colheita é da semeadura, Gl 6: 7-8. Dessa forma, quem quiser entender sua realidade religiosa, profissional, ministerial e outras, terá de olhar para o passado com a intenção de descobrir a origem de tudo e, naquilo que não está dando certo, fazer as devidas correções.

b) A história revela quem somos. Os fatos do passado de uma pessoa ou de um grupo explicam, em grande parte, suas qualidades e defeitos no presente. Tudo tem uma origem, um começo, um porquê. Mas o tempo passa e muitas dessas informações caem no esquecimento ou nunca tomamos conhecimento de que tal fato aconteceu.

Francis Bacon defendia que a memória é o principal instrumento para entendermos as questões históricas. Memória é a capacidade de reter idéias, impressões, fatos e conhecimentos. Ela ajuda a lembrar que a vida é dinâmica; por isso, as mudanças a cada década são inevitáveis. Ajuda a entender que os métodos de trabalho que funcionaram numa geração podem não funcionar com outra. Leva a descobrir que cada época tem suas características especificas e o homem precisa ser reeducado para vivê-la melhor. Aplicando-se ao cristianismo, pode-se concluir que, sem metodologia de trabalho específico para sua época, nenhuma igreja consegue crescer.

c) A história interpreta os fatos. Mais do que relatar acontecimentos, a história também precisa ser interpretativa. Mostrar os porquês, as causas e as conseqüências. Quem narra um fato o faz a partir do seu ponto vista. Deus é perfeito, mas o homem tem suas falhas. Por isso, toda narração de acontecimentos tem suas particularidades porque foi relatada a partir de um ponto de vista. Os quatro Evangelhos, por exemplo, foram escritos para que o cristão tivesse compreensão mais ampla da vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus. Já o livro de Atos narra a história da Igreja do ponto de vista de um convertido ao cristianismo: Lucas.

O papel da história na sociedade

a) A história ensina a evitar os erros do passado. Há pessoas que acreditam que história é apenas a descrição daquilo que já aconteceu há muito tempo e, por isso, não tem nada haver com os dias atuais. Porém o sociólogo Max Weber entendia que “seria possível extrair idéias da história” porque ela dá grande ensinamento para que não se repita o mesmo erro. Por isso é importante a divulgação dos fatos passados. Sempre há algo a aprender.

b) A história ajuda a viver o presente. Do ponto de vista bíblico, história é o avanço da ação de Deus entre os homens, com finalidades especificas. O filósofo Friedrich Hegel chegou a admitir que “a razão divina é que faria a história, controlando totalmente o processo e seus resultados”. Assim, é possível pensar em avivamento espiritual a partir de muita oração; é possível ver vidas sendo salvas por meio de muito evangelismo; é possível ter crescimento numérico de membros com um bom trabalho de consolidação; é possível existir cristãos maduros com um excelente sistema de discipulado.

c) A história leva a sonhar com o futuro. Ter sonhos implica em acreditar no futuro porque Deus realizou os sonhos de seus filhos no passado e Ele continua o mesmo. Acreditar que o Senhor continua respondendo a oração daqueles que chegam à Sua presença com um coração quebrantado e contrito. Acreditar que o Espírito Santo pode promover um avivamento espiritual para esta geração superior aos das décadas de 60 e 70 e que Jesus continua libertando vidas e fazendo com que as igrejas vivenciem grandes crescimentos como fruto da ação do Espírito Santo e do anúncio do Evangelho.

As lições ensinadas pela história

a) Os avivamentos são mantidos por jejum e oração. A história costuma ser a mestra da vida, como afirmou Heródoto, mas somente para aqueles que são bons alunos. Desde o dia de Pentecostes até os atuais, a renovação espiritual sempre aconteceu sob intensos períodos de busca da presença de Deus. Os cristãos ativos sempre foram os responsáveis pelos fatos e acontecimentos que escreveram a história da manifestação do Espírito Santo. Mas os crentes passivos esquentam os bancos das igrejas porque não querem assumir o compromisso de trabalhar segundo a verdade de Cristo.

b) A Bíblia continua sendo a Palavra de Deus. A cada época surge uma diversidade de pensamentos religiosos, mas só sobrevivem, dentro do cristianismo, aqueles que têm fundamentação bíblica. Afinal, Deus vela pela sua Palavra. As pessoas que persistem na defesa de um ponto de vista contrário às Escrituras Sagradas acabam por fundar uma seita. Aqueles que dogmatizaram um pensamento humano e não buscam habitualmente renovação espiritual atrapalham o crescimento do reino de Deus.

c) Deus sempre foi o Criador e Senhor de todas coisas. O homem sempre teve liberdade para escrever a sua história através de suas decisões e ações. Contudo, usou essa liberdade para o mal e, se deu mal: a criatura ambicionou os poderes do Criador. Esse princípio de vida já deveria ter sido aprendido pelo cristão: somos servos e, em tudo, dependemos do Criador. Aqueles que já aprenderam essa lição vivem submissos ao Senhor e têm a bênção do Altíssimo.

Conclusão

Muitos vivem como se essa vida começasse e terminasse aqui mesmo, mas o apóstolo Paulo ensina que ela é estágio de preparação para a vida definitiva, 1Co 15: 16-21; 35-54. Lições para a vida cristã é o que não falta dentro da história do Cristianismo e da igreja em que você é membro. Mas apenas os alunos aplicados, renovados e obedientes são os que conseguem aprendê-las. Seja um bom aluno!


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Um comentário:

Koinonia disse...

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Sou Verônica Rodrigues