Viver ou passar um tempo entre as árvores tem impacto positivo na saúde. É o que mostram estudos feitos para investigar as respostas do corpo aos ambientes urbanos. Os trabalhos revelam que quem vive nas imediações de áreas verdes manifesta maior facilidade para se concentrar, é mais magro e apresenta menos riscos para doenças como a pressão alta.
Uma das pesquisas mais recentes publicada na revista American Journal of Preventie Medicine, descobriu que jovens residentes em bairros onde a cobertura vegetal ocupa um elo espaço são mais ativos e têm menos peso em comparação a outros domiciliados em bairros menos verdejantes. Para chegar a essa conclusão, cientistas das universidades de Washington e Indiana-Purdue, nos EUA, observaram 3,8 mil crianças e adolescentes durante dois anos e mapearam, por satélite, os parques e praças nas imediações de onde eles moravam. Na opinião de Janice Bell, uma das autoras dos estudo, a descoberta inaugura um campo de pesquisa para o bem-estar que deverá unir profissionais da saúde e arquitetos, geógrafos e planejadores urbanos. “Além de diminuir o stress, a exposição à natureza melhora o raciocínio e a capacidade de aprender”, disse.
Pode-se dizer que as áreas verdes têm ainda um outro efeito. Um trabalho da Universidade de Glasgow, na Escócia, veiculado na revista acadêmica The Lancet, anunciou que as diferenças nas condições de saúde de ricos e pobres caem significativamente onde existe o acesso fácil a áreas verdes. O que isso significa? Como o estudo foi realizado a partir da análise das certidões de óbito de 366.348 indivíduos, os pesquisadores constataram que as pessoas de baixa renda que freqüentaram áreas verdes padeceram menos por males circulatórios, como a pressão alta, do que outros sem essa possibilidade. Os cientistas acreditam que isso é uma conseqüência do acesso, que incentiva caminhadas e o relaxamento físico e mental.
Fonte: Revista Istoé. Edição: 2042
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