Século IV d.C. Quando os cristãos da Pérsia começaram a crescer em número, a formar igrejas e a levantar líderes, os Magi, que atuavam como os guardiões da religião persa, começaram a se irritar contra os crentes. Entraram na presença de Sapor, rei da Pérsia, para lhe apresentarem acusações contra Simeão, então arcebispo de duas cidades reais persas. O Rei Sapor acreditou nas acusações e de imediato impôs excessiva carga tributária aos cristãos, embora ele mesmo soubesse que a maioria deles haviam voluntariamente feito opção pela pobreza. Mais tarde ele determinou que os sacerdotes e todos aqueles que dirigiam o culto a Deus fossem traspassados pelo fio da espada. Os templos foram demolidos, seus utensílios foram depositados no tesouro, e Simeão foi preso como traidor do reino e da religião dos persas. Simeão foi amarrado com correntes e levado diante do rei. Quando Sapor mandou que ele fosse conduzido para a tortura, nosso irmão não temeu e nem ficou prostrado. Exasperado, o rei perguntou o motivo por que ele não se curvava mais, como antigamente. Simeão respondeu: “Eu nunca fora subjugado dessa maneira, amarrado, para que abjurasse (renegasse) a verdade de Deus, então eu não me opunha a prestar o respeito que habitualmente se deve à realeza; mas agora fazer uma coisa dessas nem seria apropriado para mim, porque eu estou aqui em defesa da piedade...”. Quando Simeão terminou de falar, o Rei Sapor exigiu que se lhe fosse prestada honra, e ordenou que ele adorasse o sol. Caso Simeão não obedecesse –, ameaçou Sapor –, seria eliminado, assim como todos os que também fossem cristãos. Mas Simeão ficou firme e se recusou a adorar o sol ou o rei. Assim sendo, o imperador mandou que ele fosse amarrado. Na prisão, Simeão ficou sabendo que o Rei Sapor matara o próprio pai adotivo porque este abandonara o culto ao sol e se voltara para o Senhor. No dia seguinte, o rei emitiu ordem para que Simeão fosse decapitado. No mesmo dia, o monarca deu ordem para que cem outros prisioneiros fossem mortos. Simeão testemunhou a execução de outros prisioneiros, vários deles líderes eclesiásticos. Ao serem levados para fora para serem mortos, o chefe dos Magi se aproximou e lhes perguntou se eles desejavam preservar suas vidas e obedecer a religião do rei, adorando o sol. Nenhum deles concordou, então todos foram assassinados. Simeão, diante daqueles que seriam mortos, exortou-os. Ele lhes disse que a mais grandiosa e feliz das boas ações é morrer por causa de Deus. Cada um deles atendeu a essas palavras e, de boa vontade, rumou em direção ao holocausto. Chegou a vez de Simeão ser morto, e ele finalmente se encontrou com seu Senhor Jesus. Hoje a antiga Pérsia é o Irã, onde crentes destemidos ainda estão sendo presos por sua fé. Adaptado de História Eclesiástica, de Sozomen (Whitefish, MT: Kessinger Publishing), pp. 60-63.
Fonte: A voz dos mártires
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2 comentários:
Testemunho maravilhoso que nos enche o coração de alegria e orgulho por servir a esse Deus maravilhoso...
Deus maravilhoso? Que deixa seus servos morrerem assim por seu nome?...
Sim, Deus glorioso, poderoso, misericordioso, rico em Amor e bondade, que nos garante a ressurreição e a vida eterna, num céu de glória, de paz, de alegria onde não há dor, não há morte, nem rancor!!!
LOUVADO SEJA O SEU NOME!
Robson Silva
Prossigo para o Alvo
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